Você já assistiu “You”? A série da Netflix conta a história de Joe: um perseguidor que usa a internet e as mídias sociais como ferramenta para reunir informações pessoais de mulheres e se aproximar delas. Ficou com medo? É, os riscos cibernéticos são muitos e exigem cuidado.
Os riscos cibernéticos da exposição de dados
Com todas as suas contas abertas nas redes sociais, Joe consegue, em poucos minutos, traçar um perfil das vítimas, saber os lugares que elas frequentam, quem são suas amigas, o que fazem e informações sobre suas famílias. A exposição excessiva mostrada na série, em especial na primeira temporada, é algo extremamente comum no Brasil.
Um estudo desenvolvido na América Latina, em parceria com a Corpa, indicou que apenas 6% das pessoas se arrependem de ter publicado fotos com pouca roupa, por exemplo. A negligência dos brasileiros com a privacidade é tamanha que, um em cada quatro brasileiros está disposto a publicar um “nude” em troca de dinheiro. “A pesquisa conclui que os brasileiros estão mais preocupados com sua imagem online do que com sua segurança online”, reforça a companhia Kaspersky sobre o mesmo estudo. É nessa brecha que os riscos cibernéticos e crimes virtuais encontram espaço.
Stalkear é crime então?
Tanto na série quanto na vida, é difícil falar que o personagem cometeu algum crime. Afinal, as informações e dados estavam à mostra para quem quisesse ver. São condenáveis a prática de perseguição e também as intenções de Joe, mas o fato de “stalkear” as redes sociais não configura nenhum crime.
No entanto, há uma reflexão pertinente sobre o vazamento de dados que nós mesmos fazemos nas redes. Alguns passos de segurança, como bloquear o perfil, deixar apenas para amigos e não aceitar pessoas estranhas são pequenos, mas importantes filtros que evitam futuros crimes virtuais.
E o que a Lei Geral de Proteção de Dados tem a ver com isso?
A LGPD não veio somente para punir as empresas. Na verdade, seu principal intuito é conscientizar as pessoas de modo geral quanto à utilização de seus dados pessoais, para que tenham consciência de como e para quem devem fornecê-los, corroborando assim com a redução dos vazamentos de dados sensíveis, roubos de identidade, perdas financeiras, etc.
Dessa forma, é de suma importância que todos tenham o conhecimento da legislação para que possam se proteger. A LGPD e os riscos cibernéticos são complexos, tanto para empresas quanto para pessoas físicas. Porém, o time da Nogueira & Tognin está sempre atualizado e antenado para auxiliar empresas no gerenciamento saudável e sustentável de dados. Entre em contato com nossos especialistas!
Por Gabriela Rodrigues
Advogada Civilista
