Nogueira e Tognin

Autor: admin

O pagamento em dobro por quitação em atraso das férias está com os dias contados?

Para melhor entendimento sobre a importância e relevância do tema, esclarecemos que o artigo 137 da CLT determina o pagamento em dobro da remuneração de férias, quando estas forem concedidas fora do prazo legal. No entanto, é comum na Justiça do Trabalho que as empresas sejam condenadas ao pagamento em dobro das férias e do adicional de 1/3 nas oportunidades em que o empregado, ainda que tenha usufruído das férias dentro do prazo legal, não tenha recebido o pagamento em até 2 dias do início do efetivo descanso, por força da aplicação da Súmula nº 450 do TST. Ocorre que

Mediação Empresarial

O Brasil há alguns anos vem se ajustando ao cenário mundial para a implementação de novos modelos de solução de conflitos, ou seja, caminhos diversos dos famosos litígios/processos judiciais. Entre outros, a conciliação e a mediação são portas que necessitam ser mais exploradas no âmbito empresarial, pois além de serem mais baratas e rápidas do que o convencional processo judicial, ainda preservam as relações comerciais. Mas o medo de ir para o campo da mediação/conciliação e se prejudicar num futuro litígio judicial faz com que muitos empresários neguem qualquer tentativa extrajudicial de resolução de conflitos. Pior, a falta de conhecimento

SERASA deve deixar de comercializar dados pessoais

Com o advento da LGPD, o assunto dos dados pessoais ganhou grande destaque, o que não se considera é que a utilização dos dados pessoais para fins comerciais é extremamente lucrativa há muitos anos. O SERASA, por exemplo, tem como seu principal negócio a venda de banco de dados, o que acontece há anos, sem qualquer questionamento. Contudo, recentemente o assunto veio à tona em uma ação movida pelo Ministério Público do Distrito Federal, na qual o juiz da 5ª Vara Cível de Brasília confirmou decisão liminar do Tribunal de Justiça, que determinou que a Serasa Experian pare de comercializar

NÃO INCIDE IR SOBRE JUROS PELO ATRASO NO PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO

Com recente decisão do STF, a Receita Federal não pode mais exigir Imposto de Renda (IR) sobre os juros de mora decorrentes do atraso no pagamento das remunerações advindas do exercício de emprego, cargos e funções. A principal discussão judicial era sobre o conceito dos juros pagos para recompor as perdas do credor, se poderiam ser enquadrados como “acréscimo financeiro” e chegou-se à conclusão que não. Isso porque juros moratórios têm como objetivo a recomposição de perdas, decorrentes do não recebimento da verba remuneratória no seu vencimento, além de terem natureza de danos emergentes, os quais não são passíveis de

Vamos falar sobre Arbitragem Comercial?

Você sabia que é possível renunciar ao processo convencional feito pelo Poder Judiciário e ter seu problema julgado na esfera particular? Reconhecida por lei, a Arbitragem Comercial é uma forma privada de solução de controvérsias, que de uns anos para cá vem ganhando notoriedade no Brasil, principalmente por proporcionar maior técnica dos julgados, menor tempo de duração do processo e sigilo do conflito. Apesar de o modelo em si se assemelhar ao Poder Judiciário, isto é, ser instaurado um processo, com momentos de defesa e produção de provas, para ao final um terceiro imparcial julgar o caso, certo é que

ANPD PROPÕE FLEXIBILIZAÇÃO DA LGPD PARA STARTUPS, MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

O custo de implantação da LGPD em uma empresa pode ser expressivo, especialmente para as empresas menores e com poder aquisitivo inferior, pensando nisso o legislador – no art. 55-J, inciso XVIII, da LGPD – previu a existência de procedimentos simplificados e diferenciados para as microempresas, empresas de pequeno porte e startups ou empresas inovadoras, mediante regulamentação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Nesse sentido, a ANPD incluiu em sua agenda regulatória uma ação para tratar da “proteção de dados e da privacidade para pequenas e médias empresas, startups e pessoas físicas que tratam dados pessoais com fins

Lei 14151/2021 sobre o afastamento das gestantes

Em 13 de maio de 2021 foi sancionada a controversa Lei 14151/2021, a qual dispõe sobre o afastamento das gestantes das atividades de trabalho presenciais “durante a emergência de saúde pública de importância nacional” decorrente da pandemia de covid-19. A lei previu expressamente, em seu artigo 1º, caput, que o afastamento das atividades não resultaria em prejuízo da remuneração percebida pela empregada. O parágrafo único do art. 1º, por sua vez, previu que a empregada afastada do trabalho presencial ficaria à disposição da empresa para laborar em regime de teletrabalho (home office) ou qualquer forma de trabalho à distância. LEIA

NÃO INCIDÊNCIA DO IRPJ E CSLL SOBRE A TAXA SELIC NO CRÉDITO DECORRENTE DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO

Os contribuintes que têm créditos a serem compensados ou restituídos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em razão de pagamento indevido de tributos, não estão obrigados ao pagamento do IRPJ e CSLL dos valores decorrentes dos juros moratórios legais – Taxa SELIC. O STF finalizou o julgamento do Tema 962, afastando a incidência dos referidos tributos, com a seguinte tese: É inconstitucional a incidência do IRPJ e da CSLL sobre os valores atinentes à taxa Selic recebidos em razão de repetição de indébito tributário. A decisão é de extrema importância para o momento, eis que centenas de contribuintes estão

Para MPT, vacinação contra Covid-19 é direito e dever de empregados e empregadores

Levando-se em conta o Plano Nacional de Vacinação e, em atenção aos aspectos epidemiológicos que exigem a vacinação em massa para contenção e controle da pandemia, o entendimento do Ministério Público do Trabalho, proferido através de seu Guia Técnico (ESTUDO_TÉCNICO_DE_VACINAÇÃO_GT_COVID_19), é no sentido de que a vacinação se trata de direito e dever dos trabalhadores e das empresas. Segundo o Guia Técnico, o propósito da vacinação é tornar-se concreto o direito fundamental à vida e à saúde do trabalhador, inclusive no aspecto coletivo e social, sendo que o interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses individuais, conforme previsto na CLT.

APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS SOBRE OS CUSTOS DECORRENTES DA LGPD

APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS SOBRE OS CUSTOS DECORRENTES DA LGPD

A Lei de Proteção de Dados, em vigência desde 14/09/2020, acarretou para as empresas um custo bastante significativo, eis que deverão cumprir com as determinações da legislação, com o objetivo de proteger todos os dados pessoais físicos e digitais. Destaca-se que a inobservância da lei acarretará penalidades, inclusive de cunho financeiro, a partir de agosto de 2021, dessa forma as empresas estão contratando especialistas e serviços de proteção para evitar o vazamento dos dados e, consequentemente, as multas. E aí vem a questão: os custos decorrentes de uma obrigação legal são passíveis de creditamento do PIS/COFINS? A Justiça Federal afirma